quarta-feira, 15 de junho de 2011

A educação do homem antigo - Roma


Semelhante as outras sociedades, Roma também era dividida em classes e baseada na escravidão.
Era uma sociedade bastante hierarquizada com a seguinte formação:


  1. Patrícios : Grandes proprietários, monopolizavam o poder;
  2. Clientes: Ligados diretamente aos patrícios, pois prestavam serviços a eles e em troca recebiam proteção e apoio econômico;
  3. Plebeus: Constituíam a maior parte da população, descendiam de povos vencidos nas guerras romanas. Esta classe era formada por artesões, comerciantes, camponeses e no início não tinham nenhum direito civil, religioso ou político;
  4. Escravos: Eram prisioneiros de guerra e consequentemente não tinham nenhum direito.

Na velha educação (primeiros tempos de república), os filhos de proprietários eram educados ao lado do pai, o qual ajudava-os nas tarefas mais simples.
A posse de terras também era um fator importante, notando então a importância da agricultura para esse povo. Por isso, para aprender "os segredos" da agricultura, os jovens romanos acompanhavam seus pais. Aos vinte anos já sabiam arar a terra e lidar com a guerra e a vida pública.
Um outro aspecto importante nessa época era a oratória. Como mostra o seguinte trecho: "Segundo o conceito dos romanos, o "orador" era um homem por excelência". (PONCE, A. Educação e luta de classes. pp. 63).

Curiosidade: Os antigos escravos aprenderam o seu ofício na casa de seu amo, de algum velho e instruído escrava. "(...) cada lar romano foi para os escravos uma escola elementar de artes e ofícios". (PONCE, A. Educação e luta de classes. pp. 66).
Já os antigos proprietários, tiveram que aprender com os escravos instruídos muitas coisas que consideravam desprezíveis.

Fez-se presente então (a partir do séc. IV a.C), a necessidade de uma "nova educação". Devido à insatisfação gerada pela educação ministrada até então pelos nobres, as pessoas começaram a exigir uma nova educação.
E assim como aconteceu na Grécia, uma "onda" de professores apareceu. Eles podem ser divididos em três tipos:

1) Ludimagister:
- Professor da educação primária;
- Era um antigo escravo, um velho soldado ou um proprietário arruinado;
- Eram homens livres, mas devido ao fato de terem que trabalhar para sobreviver eram inferiorizados.
Pode-se perceber a precarização das escolas primárias, pois elas dispunham apenas de uns bancos para os alunos e uma cadeira para o mestre, havendo também pouco material disponível. É importante lembrar que o professor não estava legalmente autorizado a cobrar pelo seu ensino, recebendo apenas presentes de seus alunos.
2) Gramáticos:
- Responsáveis pelo ensino médio;
- Levavam de casa em casa a instrução enciclopédica necessária para a política, para os negócios e para as disputas nos tribunais;
- Ensina o essencial da cultura e formavam a opinião pública.
3) Retores:
- Responsáveis pelo ensino superior;
- "Luxuosa novidade, que se tinha de pagar a tal preço, que só estava ao alcance dos ricos). (PONCE, A. Educação e luta de
classes. pp. 69);
- Tinha um pouco de poeta, músico, advogado e de ator.

Observação: Educação da criança rica:
- Aos sete anos entrava para a escola do magister;
- Aos doze anos começava a frequentar a do gramático;
Aos dezesseis tinha contato com o retor.

Após alguns acontecimentos, o ensino, pela primeira vez, fica a cargo do ESTADO, afinal, os futuros funcionários públicos se formariam nas escolas. O ensinamento estava fortemente ligados ao patriotismo e celebravam a todo momento a glória do príncipe.





Vídeo sobre a educação e a Roma antiga:



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